PERSONAGEM DA SEMANA - Os Macedônios - "A contribuição exemplar das igrejas da Macedônia"

24/04/2015 13:38

 

*Coloquei uma foto para ilustrar a região da Macedônia. Ela está muito interessante pois ilustra bem o relevo da região. Está com título de "Segunda Viagem" mas não trata do assunto.

 

A contribuição exemplar das igrejas da Macedônia

 

Os cristãos de Corinto tinham prometido uma oferta para os cristãos pobres da Judéia. Mas estavam demorando para enviá-la. Por isso, Paulo escreveu-lhes: “Completai a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a bom termo, segundo as vossas posses” (II Co 8.11). Em seguida, para estimulá-los, o apóstolo mencionou o exemplo dos cristãos da Macedônia (II Co 8-9). Resumimos aqui, para sua melhor fixação, os pontos destacados na mensagem de domingo passado.

 

1. Dar é graça. “... vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida ás igrejas da Macedônia” (8.1). O termo ocorre 6 vezes nestes capítulos sobre contribuição.

 

2. Tribulação e pobreza não são desculpas para não contribuir. As igrejas da Macedônia deram “...no meio de muita prova de tribulação e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade” (8.2). A contribuição daqueles cristãos pode ser comparada à oferta da viúva pobre (Mr 12.44).

 

3. As ofertas foram proporcionais aos recursos de cada um. Os macedônios “deram na medida de suas posses e mesmo acima delas” (8.3,11). Proporcionais, mas com uma generosidade extra! Ver Dt 16.17.

 

4. A contribuição foi espontânea. Os macedônios “se mostraram voluntários, pedindo-nos com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos” (8.3-4). Que exemplo extraordinário! Os apóstolos não tiveram que pedir-lhes para contribuir e muito menos insistir ou criar maneiras de tirar dinheiro deles! À frente, Paulo faz a ressalva: “Não vos falo na forma de mandamento...” (8.8)

 

5. A contribuição foi precedida de consagração pessoal. Aqueles cristãos “deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós”, escreveu o apóstolo Paulo (8.5).

 

6. Os cristãos podem e devem crescer na graça de dar. “Como em tudo manifestais superabundância, tanto na fé, e na palavra, como no saber e em todo cuidado... assim abundeis nesta graça” (8.7). Na medida em que crescem na fé, na capacidade para ensinar e presidir, os cristãos devem crescer também na graça de contribuir liberalmente. Ver Rm 12.7-8.

 

7. A inspiração maior é a dádiva de Cristo. “Jesus Cristo... sendo rico, se fez pobre por amor de vós...” (8.9).

 

8. É dever dos pastores ensinar os cristãos a contribuírem biblicamente. Paulo não somente teceu considerações sobre a graça de ofertar, mas também sugeriu meios: “E nisto dou minha opinião... a vós outros convém isto...” (8.10-12). Além disso, o apóstolo enviou-lhes o jovem Tito e um outro irmão para ajudá-los na arrecadação e administração das ofertas (8.16-19).

 

9. A contribuição cristã visa, também, a igualdade de recursos entre os irmãos (e igrejas?). “Não é para que os outros tenham alívio, e vós sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância no presente a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e assim haja igualdade...” (8.13-15. Ver Lc 6.38).

 

10. A contribuição cristã é retribuída com bênçãos. Em Ml 3.10, Deus promete derramar bênçãos sobre os dizimistas. Aqui, falando de ofertas, Paulo afirma: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (9.6). Isto não justifica a equivocada Teologia da Prosperidade! Deus não promete riquezas materiais a todo dizimista ou dar o dobro ou o triplo ao ofertante. Se ele enriquece a alguns, é para que estes mais possam dar aos que menos têm ou às causas que os beneficiam. “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda a generosidade...” (9.10-11. Ver Mt 6.38; I Tm 6.17-18).

 

11. A contribuição generosa exige planejamento e deve ser feita com alegria. Os cristãos de Corinto planejaram a sua contribuição. Pelo menos planejaram, propuseram no coração. Lamentavelmente, não executaram tão prontamente como a planejaram (8.11; 9.2-3). Algumas pessoas assumem compromissos muito depressa, mas demoram demais para cumpri-los. E tem mais: passado o momento da emoção e especial motivação, arrependem-se do compromisso assumido, ou verificam que não o podem cumprir, mas têm que fazê- lo, mesmo com pesar. Daí o ensino de Paulo: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade: porque Deus ama a quem dá com alegria” (9.7). Ou seja: “Se você decidiu em seu coração tornar-se um dizimista, ou dar uma oferta extra, não demore a executar o que planejou.

 

Contudo, não o faça constrangido, com pesar, somente porque têm de cumprir uma promessa. Você pode reavaliar suas possibilidades. É melhor! Porque Deus ama ao que dá com alegria”. Fixemos em nossos corações estes princípios bíblicos de contribuição, e tudo o mais que estudamos nesta série de mensagens sobre Mordomia. E que o Senhor nos ajude a ser mordomos zelosos, dizimistas fiéis, ofertantes generosos...

 

Pr. Éber César – eberlenzcesar@gmail.com

 

fonte:

https://eberlenzcesar.blog.br/wp-content/uploads/2012/10/06-mordomia-contribuicao-igrejas-da-macedonia.pdf