PAIXÃO PELAS ALMAS

28/09/2012 09:12

 

Paixão pelas Almas

Pr. Paulo Henrique Pereira da Cunha


Nenhum assunto tem sido tão falado ultimamente como Missões.

Mas mesmo sendo tão falado é tão pouco compreendido e vivido.

Há aqueles que se colocam contra pensando se tratar de alguma inovação. Existem também aqueles que fazem um turismo “missionário”, porque acham que este assunto está na moda e dá status a sua denominação. Mas existe ainda um terceiro grupo, e graças à Deus porque ele existe, que se preocupa verdadeiramente com Missões, não pensando em missões só como moda ou para ganhar status, mas com um profundo e verdadeiro amor pelas almas perdidas.

Se fala tanto em missões, mas existem tão pouco amor pelos perdidos, se consagra tantos missionários, mas cada vez é menor o número de trabalhadores que vão lá fora onde os pecadores estão. Nossos púlpitos estão cheios de obreiros enquanto nos campos e valados deste mundo milhões morrem sem ao menos ouvir uma vez do amor de Deus. De que maneira estamos fazendo missões? Onde estão os trabalhadores da última hora? Dentro das igrejas? Muitas igrejas estão cheias de missionários, mas será que igreja é lugar de missionário?

As vezes fico impressionado com a dureza de nossos corações. Já tive o privilegio de falar de Missões em vários lugares e, o que tenho visto me entristece. Me entristece ao ver a frieza com que tratamos o destino eterno das almas, como somos capazes de nos preocupar com o nosso ego, e pouco nos importar com milhões de almas que estão perdidas e se perderão para sempre. Se partirem hoje morrerão sem Deus, nem paz, nem salvação, isso sem falar de milhões de hindus, budistas e muçulmanos que nunca ouviram sequer falar de Jesus uma vez. E nem ao saber de tudo isso ficamos comovidos em nossos corações a cumprirmos o Ide de Jesus.

Há outros que ao ouvir sobre missões choram, se emocionam, fazem propósitos, e não há nada de errado nisso. O problema e que no outro dia não sobrou mais nada, aquele sentimento se passou, ficou apenas para o passado, não gerou nenhuma atitude, nenhuma ação, era apenas emocionalismo. Só que missões é paixão pelas almas perdidas, é a chama do Espírito Santo que arde em nossos corações; mais do que um privilégio (1 Pe1:12), é também uma obrigação (1 Co 9:16) de cada crente em Jesus. As emoções tendem a passar, a serem esquecidas, mas a paixão pelas almas é permanente, ela arde em nossos corações, e leva-nos a tomar uma atitude séria diante de missões, leva-nos a sacrificar em favor das almas perdidas. Muitos movimentos se levantaram e hoje já não mais existem, pois era apenas emocionalismo e emoções passam. Portanto é necessário algo mais forte, algo que nos faça prosseguir com determinação, abnegação e coragem. É necessário sentir como o apóstolo Paulo – dores de parto. Sim, sentir dores de parto até que geremos filhos espirituais, e isso significa ter paixão pelas almas.

Veja, o que declararam alguns servos de Deus apaixonados pelas almas perdidas:

- John Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”.

Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”.

John Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.

- Assim dizia Matheus Henry: “Sinto o maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e de prata, para mim mesmo”.

D. L. Moody: “Usa-me, então meu Salvador, para qualquer alvo em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-a com tua graça”.

Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionária, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.

John Mckenzie, ajoelhado a beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”.

Prayine Hyde, missionário na Índia, suplicava: "Ó Deus, dá-me almas ou eu morrerei!”

- Quanto aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse se retirado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva os pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares”, e findou sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.

David Brainerd falava: “Eís-me aquí, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: Envia-me aos selvagens habitantes das selvas; envia-me para longe de todo conforto terrestre; envia-me mesmo para morte, se for no teu serviço e para progresso do Teu reino”. Ele mesmo escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada uma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascente do sol até o anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, ó meu querido Senhor soou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.

João Welsh, encontrava-se nas noites mais frias prostado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão da sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.

fonte: SEMIPA-Semeadores Missionários com Paixão pelas Almas