"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32)
Está chegando mais um 12 de Outubro.
Data muito sugestiva e uma das mais esperadas pelos comerciantes, pois o volume de vendas aumenta em escala gigantesca.
As crianças tornaram-se fontes valiosas de lucros, independentemente das técnicas utilizadas para transformá-las em potenciais consumistas.
Poderosa aliada do aumento de vendas, a mídia tem bombardeado diariamente a mente indefesa das crianças, oferecendo uma variedade enorme de brinquedos e, também, incentivando o consumo de alimentos não saudáveis, que provocam a obesidade infantil. Só que atreladas a essas ofertas, estão as promessas de muita alegria, felicidade e realização (que obviamente não são cumpridas). É a glorificação do TER, em detrimento do SER.
O mercado conseguiu enchergar dois grandes poderes nas crianças (e os está explorando muito bem):
1) o poder de "dobrar" pela emoção o adulto que vai comprar, fazendo com que seus apelos de compras sejam na maioria das vezes atendidos;
2) a falta de discernimento, ou seja, para uma criança, um copo com água ou uma bicicleta tem o mesmo valor. Ela não tem noção dos valores envolvidos custo de cada produto. Ela só quer que compre, compre, compre.
Depois dessa grande descoberta, a publicidade tinha um outro grande desafio:
Como transformar crianças em potenciais consumistas?
E conseguiu resolver, só que promovendo um dos maiores atos de crueldade contra tais seres indefesos: a EROTIZAÇÃO PRECOCE. Quando vemos crianças de 4 a 6 anos de idade, prestando demasiada atenção em seu corpo, achando-se gordas, utilizando maquiagens para chamar a atenção do amiguinho, falando em namoro e selinho, cuidado: ESSA CRIANÇA JÁ FOI SEQUESTRADA PARA O CONSUMISMO.
E, meus irmãos, essas crianças também estão dentro das nossas igrejas!
São os filhos dos nossos irmãos, são os nossos filhos, são os nossos alunos da EBD.
Acredito que a igreja é a esperança para o mundo.
Como agência do Reino de Deus, portadora da mensagem salvivífica e transformadora do homem, através do poder que há em Jesus Cristo, a igreja deve estar voltada não somente para o desenvolvimento espiritual do ser humano, mas sim, promover o seu desenvolvimento pleno e integral, trabalhando incansável e incessantemente as dimensões física, mental, espiritual e emocional.
A igreja é e deve ser um espaço privilegiado para a promoção do debate e da reflexão sobre os grandes temas atuais que envolvem a sociedade, no sentido de que essa agência de transformação prepare homens e mulheres multiplicadores de informações e testemunhos que gerem vida e qualidade de vida, tanto em si, quanto na sociedade em que vivem.
Ser sal e luz tem uma dimensão muito maior daquela que imaginamos e pregamos em nossos cultos.
Ser sal e luz é sermos irradiadores de Cristo em uma sociedade doente e tomada pelo pecado da ignorância, nas suas mais variadas manifestações.
Ser sal e luz é, também, lutar pela sustentabilidade, pela educação, pela cidadania, por justiça social, por qualidade de vida, pela saúde e pela inclusão. É combater a fome, a violência (em todas as suas formas), a corrupção, os vícios. É promover a proteção das crianças, adolescentes, jovens, velhos, dos menos favorecidos e das minorias.
Ser sal e luz e lutar contra o individualismo que nos impede de amar o próximo (um dos lados do principal e mais importante mandamento).
Nosso salvador e modelo de vida, Jesus, fez tudo isso e muito mais.
Ser sal e luz é dar o direito às pessoas de conhecerem a Verdade!
A vida abundante, que Jesus promete para todos aqueles que querem, não está reservada para o céu.
Lá já é tudo perfeito!
Nós não devemos seguir a Cristo com o objetivo de morar no céu (isso é consequência). Precisamos servir a Cristo porque queremos estar com Cristo. E onde Cristo estiver, seja aqui, seja no céu, seja no abismo, ou seja no inferno, se estivermos com Cristo, ali é céu prá nós.
Fomos chamados para ser um pedaço do céu AQUI! Abençoar, AQUI! Amar, AQUI!
Cristo quer nos dar vida abundante é AQUI, na nossa viagem, na nossa peregrinação nesta terra.
Os rios de água viva precisam fluir é AQUI!
Temos que salgar AQUI e não no céu!
Nossa luz não será necessária no céu. É AQUI que precisamos iluminar!
A vida abundante é AQUI.
Voltando ao assunto inicial, a igreja deve combater os valores que estão sendo implantados nas mentes das nossas crianças pelo consumismo. E é lá, naquela fase, dos 0 aos 6 anos de idade, no auge da aprendizagem da primeira infância, é que todos nós adquirimos grande parte (diria uns 90%) dos valores que nos formam e que aplicamos em nossas vidas.
"Não preciso de tal brinquedo para ser feliz", "não preciso da roupa de marca para ser aceito", "preciso brincar de bola, de carrinho, pular corda e jogar bolinha, e não preciso passar uma média de 4h a 5h diárias em frente à alguma tela".
A felicidade é JESUS e Ele não tem código de barras (graças à Deus!).
Então, nesse pensamento, o site Veio a Mim quer, além de ALERTAR, se propor a ser uma ferramenta para motivar a reflexão e que estas tragam mudança de atitudes (a começar em nós, aqui do Veio a Mim). Portanto, estamos abrindo espaço de debate aqui no site e, lógico, nosso desejo e oração é que este debate saia do mundo virtual e invada os corações e mentes de líderes, pastores, diáconos, presbíteros, jovens, adultos, adolescentes, crianças, etc, que se instale nas reuniões de diretoria, nos encontros de jovens, nas palestras para casais, nos ministérios das igrejas.
Aproveitando então a data festiva e o mês das crianças, resolvemos inaugurar esta série de reflexões aqui no site, trazendo para os nossos internautas documentários e exemplos de atividades que poderão ser feitas nos espaços eclesiais e também na comunidade, sobre os PERIGOS AOS QUAIS AS CRIANÇAS ESTÃO SENDO EXPOSTAS através da mídia .
Então, vamos lá?
Nos materiais de apoio abaixo, disponibilizamos documentários, vídeos, links e uma sugestão muito interessante, que já pode ser posta em prática: A FEIRA DE TROCA DE BRINQUEDOS.
Apresentamos o link do Instituo ALANA, que é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que trabalha para encontrar caminhos transformadores que honrem a criança.
