COMENTÁRIO BÍBLICO - MATTEW HENRY

22/01/2014 23:00

 

COMENTÁRIO BÍBLICO - MATTEW HENRY

Ezequiel 18 (referente ao texto-base da Lição 4 - RED - página 15)

 

 

Versículos 1-20: Deus não faz acepção de pessoa;

Versículos 21-29: A providência divina é reivindicada;

Versículos 30- 32: Um convite de graça ao arrependimento.

 

Vv. 1-20. A alma que pecar morrerá. Quanto à eternidade, todo

homem era, é e será tratado segundo a conduta com que esteve debaixo

do pacto de obras, ou do novo pacto de graça.

Qualquer que seja o sofrimento exterior que sobrevenha aos

homens pelos pecados do próximo, eles merecem tudo o que sofrem por

seus próprios pecados; o Senhor despreza ou anula todo o sucesso para o

bem eterno dos crentes. Todas as almas estão nas mãos do Grande

Criador. Ele as tratará com justiça ou misericórdia, e ninguém perecerá

por pecados alheios; se for de alguma maneira digno de morte, o será por

seus próprios. Todos temos cometido pecados, e a nossa alma deveria se

perder se Deus nos tratasse segundo o rigor da sua santa Lei; porém,

somos convidados amorosamente a ir a Cristo.

 

Vv. 10-20. Se um homem que tivesse mostrado a sua fé através das

suas obras, tivesse um filho ímpio, cujo caráter e conduta fossem o

contrário dos de seu pai, poderia se esperar que escapasse da vinganca

divina pela piedade de seu pai? Não. Se um homem mal tivesse um filho

que andasse como é justo diante de Deus, este filho não pereceria pelos

pecados de seu pai. Mesmo que o filho não estivesse livre de males nesta

vida, ainda assim é participante da salvação. A questão aqui não é sobre

a base meritória da justificação, mas sobre os tratos do Senhor para com

o justo e o injusto.

 

Vv. 21-29. O homem mal seria salvo se deixasse os seus maus

caminhos. O verdadeiro arrependido é um verdadeiro crente. Nenhuma

das suas transgressões anteriores seriam mencionadas; certamente viverá

pela justiçaa que tenha feito, como fruto da fé e o efeito da conversão.

A questão não é se o justo verdadeiro alguma vez se torna apóstata.

É certo que assim fazem muitos que, durante certo tempo acreditaram ser

justos, enquanto os versos 26 e 27 falam da plenitude da misericórdia

que perdoa: quando o pecado é perdoado, é completamente apagado e já

não existirá mais qualquer lembrança dele. Na justiça divina eles

viverão, não na justiça deles mesmos, como se isto fosse expiação por

seus pecados; essa é uma das bençãos compradas pelo Mediador. Que

alento tem um pecador arrependido, que se volta para esperar o perdão e

a vida conforme esta promessa! No versículo 28 está o início e o

progresso do arrependimento. Os crentes verdadeiros vigiam e oram,

continuam fiéis até o fim e são salvos. Em toda nossa argumentação com

Deus, Ele sempre tem razão, e nós sempre estamos equivocados.

 

Vv. 30-32. O Senhor julgará a cada um dos israelitas segundo os

seus caminhos. Nisto se baseia uma exortação ao arrependimento, e em

dar-lhes um coração e um espírito novos.

Deus não ordena que façaamos aquilo que não podemos fazer, mas

nos admoesta que façamos o que está ao nosso alcance, e para que

oremos pelo que não nos é possível fazer. As ordenanças e os meios

estão designados, e são dadas promessas e ordens para que, quem desejar

esta transformação, possa buscá-la em Deus.

 

 

fonte: https://www.mediafire.com/download/vy9q7z3sueshoei/COMENT%C3%81RIO+MATTEW+HENRY+COMPLETO+%3D+CONDENSSADO.pdf