ARTIGO => A PRÁTICA DA CIDADANIA COMEÇA DENTRO DE CASA (TRE-BA)

08/08/2015 11:04

 

Cidadania

 

A ideia de cidadão e do direito à cidadania surgiu na Antiguidade, quando a cidade representava a unidade comunitária. Portanto, a palavra “cidadania” deriva de “cidade” e é no espaço público das cidades que os cidadãos se encontram para reivindicar seus direitos.

Existem muitas maneiras de colaborar para o bem-estar das pessoas que nos cercam. Uma ajuda ou um ato de compreensão dentro da nossa família ou na nossa turma da escola acabam refletindo de forma positiva no País. Mas como as crianças - que não têm independência, nem idade para votar - podem ajudar a melhorar o dia-a-dia de sua comunidade? Elas precisam ser “despertadas” para a solidariedade! Na verdade, todo mundo pode explorar seus dons em benefício de outras pessoas. E quem faz o bem ao próximo recebe em dobro, em triplo!

Vamos incentivar as crianças e adolescentes a entrar também para o mundo das boas práticas sociais!!!!

 

Como a criança exerce a cidadania política?

 

A política não é exercitada somente na vida pública, participando do processo eleitoral por meio do voto, a cidadania política se exerce 24 horas por dia, nos pequenos atos, na rotina do cotidiano.

A criança exerce sua cidadania no relacionamento com os outros, com a família, com o trabalho, com a escola, com os vizinhos. O modo como ela se coloca na cidade define o quanto a criança exerce a sua cidadania.

É preciso cultivar a responsabilidade com a coletividade. Por exemplo: jogar lixo no lugar certo é um ato político porque beneficia a comunidade. Ações como pedir e dar orientações e solicitar serviços são políticas, pois utilizam equipamentos fornecidos pelo Estado. Se um serviço é mal prestado, tem-se o direito de reclamar. Isso também é política.

A família é o primeiro grupo político da criança. Nela coexistem limites e regras comuns a qualquer relacionamento. A criança precisa aprender a respeitá-los. A escola é outro grupo político porque tem suas regras de funcionamento. Vivendo em conjunto, temos de respeitar regras de convívio (deveres) e conhecer nossos direitos.

 

A prática da cidadania começa dentro de casa

 

Logo ao nascer, se ganha um nome e uma família. E, sem perceber, se ganha também algo especial: nossa cidadania. Ou seja, passamos a ser cidadãos e a fazer parte de um grupo de pessoas que têm direitos e deveres. A cidadania é importante porque vivemos cercados de gente. Familiares, amigos, vizinhos, se relacionam todos os dias. Para que indivíduos tão diferentes convivam bem, é preciso que todos sigam regras. Muitas delas nós aprendemos em casa. Algumas na comunidade e na escola ou com os amigos. E há outras que são estabelecidas pelas leis. No Brasil, a principal lei é a Constituição, que define os direitos e deveres de todos os brasileiros.

Cidadania é justamente essa relação de respeito com o meio em que a gente vive e as pessoas que fazem parte dele. Os deveres existem para organizar a vida em comunidade. Em casa, na escola, na rua, no shopping – em qualquer lugar a gente vai encontrar regrinhas, o que pode ser feito e o que não pode. Às vezes, perde-se a paciência com tudo isso... Mas, se não fosse desse jeito, a convivência ficaria impossível.

 

Cidadania e os direitos da criança e do adolescente

 

Para garantir maior qualidade de vida às crianças e aos adolescentes e assegurar seus direitos de cidadãos, em 1990, entrou em vigor o Estatuto da Criança e do Adolescente. Na sua elaboração, partiu-se da ideia de que estes estão em processo de desenvolvimento e que, por essa razão, têm necessidades específicas que devemos conhecer e respeitar.

 Com isso, pela primeira vez na história de nosso país, crianças e adolescentes passaram a ter proteção integral reconhecida como um direito. Isso significa que meninos e meninas até 12 anos - criança - e entre 12 e 18 anos – adolescentes – não podem sofrer violência, negligência – falta de cuidado – crueldade, discriminação – preconceito – ou exploração, e que cabe aos adultos fazer cumprir essas regras.

O Estatuto define, entre outros, os seguintes direitos:

 

• direito à vida

• direito ao lazer

• direito à alimentação

• direito à liberdade

• direito à dignidade

• direito à educação

• direito à profissionalização

• direito ao respeito

• direito à cultura

• direito ao convívio familiar e comunitário.

 

Fazendo um mundo melhor

 

Ser cidadão é também sair da “toca” e participar da vida em comunidade.

Cada vez que agimos pensando não só em nós mesmos, mas também no bem-estar de todos, estaremos exercendo a cidadania, pois esta não se limita ao conjunto de direitos e deveres dos indivíduos, mas também a consciência de que devemos nos esforçar para construir um mundo melhor, mesmo com pequenas ações.

É isso aí, gente! Toda vez que jogamos o lixo no lixo, fechamos a torneira para não desperdiçar água, respeitamos quem é diferente de nós, ajudamos quem precisa (seja auxiliando uma pessoa idosa a atravessar a rua ou doando roupas e brinquedos que não usamos mais), praticamos atos que protejam o meio ambiente, estaremos contribuindo para um mundo melhor.

Cada pequena ação que realizamos transforma nossas vidas e as vidas de outras pessoas.

Para ser um bom cidadão, basta perceber que não estamos sozinhos: vivemos em comunidade, seja em casa, na rua, na escola, na nossa cidade, no nosso país e no planeta Terra.

 

DICAS DE CIDADANIA

 

- Organize suas coisas e ajude seus parentes e amigos.

- Respeite as pessoas mais velhas e valorize as experiências delas

- Cuidado com as coisas públicas como praças, escolas, móveis, telefones, etc;

- Não jogar lixo no chão;

- Ajude colegas que têm dificuldade em fazer coisas que você faz bem

- Respeite seus colegas e lembre-se de que brincadeira tem limites.

 

Fonte: TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL - BAHIA

https://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/tre-ba-conteudo-programatico-projeto-eleitor-do-futuro