ARTIGO >> A BONDADE DAS PESSOAS MÁS

11/08/2017 10:40

 

A bondade das pessoas más

Ademir Marques Penteado

 

Em texto escrito recentemente no blog de um amigo, li uma frase que me chamou atenção de imediato: "Deus, proteja-me da bondade das pessoas más". Sou fissurado em frases contundentes. Essa é uma delas. 

Essa frase contundente tatuada no corpo de uma mulher que estava sendo atendida em um pronto socorro chamou a atenção de uma pessoa. Pois bem! O que isso quer dizer pela minha interpretação? Isso me remete de imediato para um dos piores adjetivos que se pode rotular um ser humano: Falso. Só superado por outro:Traidor.

Aquela mulher cuja frase, "Deus, proteja-me da bondade das pessoas más", está tatuada em seu corpo muito provavelmente devido às decepções que teve na vida. As maiores decepções são impregnadas em alguém por pessoas próximas. Os distantes não nos decepcionam, apenas nos deixam indignados. 

 

Pessoas que simulam e dissimulam

Existem pessoas que simulam e dissimulam com uma facilidade espantosa. Simular é tentar parecer o que não é. Dissimular é tentar não parecer o que é. São sutis as diferenças e demandam um pouco de raciocínio para separar uma da outra, mas dá na mesma em termos de comportamento. Ambas são irmãs siamesas de outra tão ignóbil como elas: a Mentira.
A simulação e a dissimulação estão impregnadas no caráter e comportamento de quem as pratica. Diríamos que é um crime doloso, planejado com antecedência, com um fim específico já determinado. Não são acidentais. A mentira, praticada isoladamente, pode ser acidental e cometida em um momento de constrangimento, mas, se praticada habitualmente é tão maléfica quanto às outras já citadas.

Nessa linha de raciocínio, pessoas aparentemente bondosas podem ser más. Estão simulando. Parecendo o que não são. Ou dissimulando, não deixando transparecer o que são. Não tenho mais "estômago" para isso. O mundo em que vivemos é uma verdadeira armadilha por causa do egoísmo que impera em todos os segmentos da sociedade. 

Já vivi o suficiente para presenciar muito disso. Convivi com muitas pessoas na vida pessoal, profissional, entidades representativas e também no âmbito das igrejas. Há que se tomar muito cuidado para chamar alguém de amigo verdadeiro. Não se é amigo de palavras. Amigo se cultiva. É como uma planta que precisa ser cuidada no dia a dia. Tenho a felicidade de achar que tenho amigos verdadeiros cuja quantidade dá para preencher os dedos de uma mão. É raro. Muito raro. Sou um felizardo.

Em minha vida já pedi perdão e já liberei perdão. Minha conversão à Jesus fez toda a diferença. O verdadeiro cristão, o convertido, o nascido de novo, incorpora de imediato dois sentimentos que sara, que cura qualquer doença da alma que são: Arrependimento e Perdão. Se fossem vendidos em farmácia custariam uma fortuna e haveriam filas e filas para comprar. A boa notícia: "Não custa nada, Alguém já pagou o preço na Cruz do Calvário".

Se eu fosse tatuar uma frase em meu corpo como aquela mulher, eu faria a de Agur, filho de Jaque, de Massá, expressadas no livro de Provérbios capítulo 30, versículos de 7 a 9 em que ele pede a Deus: "Duas coisas te peço; não mas negue antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profanar o nome de Deus." 

Como não posso tatuar uma frase tão longa assim, eu a guardo na minha mente, pedindo a Deus que afaste os falsos e mentirosos da minha vida e que me dê forças e unção para não incorrer no mesmo erro.

 

FONTE:

URL: https://www.institutojetro.com/artigos/gestao-de-pessoas/a-bondade-das-pessoas-mas.html
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Título do artigo: A bondade das pessoas más
Autor: Ademir Marques Penteado